Muito tem se falado na necessidade de construirmos um ambiente corporativo livre de lideranças tóxicas. Como temos abordados em nossos textos mais recentes, esse tipo de liderança, aliado a fatores como sobrecarga de trabalho e falta de flexibilidade, está levando milhões de profissionais em todo o mundo a adoecerem – e até mesmo a pedirem demissão. Diante desse triste cenário, cada vez mais se faz necessário o cuidado com a saúde mental e isso começa com um líder, que não precisa ser ‘bonzinho’, mas sobretudo tem que ser justo e atento às necessidades de seu time.
Além de acelerar a transformação digital nas empresas, a pandemia da Covid 19 também levou muitas organizações ao redor do mundo a repensarem seus modelos de gestão, em especial no que se refere à forma como interagem com seus funcionários. Algumas tendências que surgiram antes mesmo da doença ganharam ainda mais força nos tempos de confinamento, como é caso do processo de humanização da liderança, que tem como foco principal a preocupação com as pessoas em sua essência.
Nesse contexto o gestor precisa abandonar aquela ideia antiga que é possível separar a vida pessoal da profissional. Somos um só e nossa ‘bagagem’ de vida nos acompanha para onde quer que formos. Com isso, este líder deve engajar sua equipe de modo a propiciar que seja construída uma conexão relevante. Quando o líder possui uma postura humanizada, além inspirar e motivar a proatividade, ele também estimula em sua equipe atitudes como empatia, cocriação, flexibilidade e colaboração.
Esses aspectos garantem melhores condições de trabalho para os colaboradores, e geram um maior engajamento, impactando diretamente no sucesso do negócio. E o gestor precisa fazer a leitura correta desse cenário para que possa assim exercer uma boa liderança – abaixo vamos falar um pouco mais sobre as características desse perfil de líder humanizado.
Mas como deve ser a liderança humanizada?
Uma liderança humanizada vai além de simplesmente ser um chefe bonzinho como falamos acima. Não basta apenas sorrir o tempo todo e pensar que está motivando sua equipe – muito pelo contrário. Na verdade, esse líder tem que reconhecer (e valorizar) a importância da força de trabalho daquelas pessoas dentro da organização, e verdadeiramente estar preocupado com o bem-estar delas.
E esse reconhecimento passa por fatores como a divisão equitativa das tarefas, por exemplo. Atitudes como esta farão com que as pessoas não se sintam prejudicadas e venham a adoecer devido a situações causadas pela sobrecarga de trabalho – o burnout, considerado como uma doença ocupacional, é caracterizado justamente pelo estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso.
Nesse cenário, duas atitudes são fundamentais para a construção de uma prática de gestão humanizada: empatia e compaixão. Para a professora emérita da Michigan Ross, Jane Dutton, a compaixão, em especial, pode ser um recurso organizacional natural, além de se configurar em uma vantagem competitiva sustentável à medida que é incorporada à estrutura organizacional. É o verdadeiro sentimento de cuidado com o outro no ambiente corporativo, criando uma cultura psicologicamente segura para todos os envolvidos no processo.
No entanto, quando não o ambiente não propicia esse bem-estar emocional, a produtividade e o desempenho da equipe são afetados. “Não se trata apenas de bem-estar, trata-se de resultados financeiros e todos os líderes precisam levar isso a sério”, comentou o executivo-chefe do Teacher Development Trust, David Weston e principal autor de um documento de trabalho que trata sobre esse tema.
Busca pelo alinhamento entre propósitos de vida e carreira é constante
Como já falamos anteriormente cada vez mais as pessoas estão buscando alinhar seus valores de vida e carreira. Essa tendência vem crescendo entre os jovens, principalmente quando estes se deparam com organizações que possuem uma visão de mundo diferente da sua. Nesse contexto, a busca por uma experiência profissional mais relevante transcende a questão salarial.
Para as empresas o grande desafio é implementar iniciativas para reterem talentos e assim evitarem o turnover (alta rotatividade de seus funcionários). Pesquisa de 2019, do Instituto Gallup, indica que repor um funcionário pode custar mais de duas vezes o seu salário anual.
E então, gostou do tema? Quer implementar ações que melhorem o bem-estar de seus colaboradores e consequentemente aumentem os resultados de sua empresa? Entre em contato com nossa equipe e conheça nosso portfólio completo de soluções para sua organização.
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