Como já falamos em outros textos, um dos principais fatores que influencia na saúde mental dos colaboradores de uma empresa é o clima organizacional. Este depende de diversos aspectos, sendo que entre os principais aparece o estilo de liderança e o papel que esta ocupa dentro de uma empresa. Nesse contexto, quando a liderança é tóxica, esta é capaz de impactar negativamente o ambiente organizacional, inclusive afetando até mesmo a performance dos times.
O principal desafio das organizações é garantir melhores condições de trabalho para os seus colaboradores, como forma de evitar problemas relacionados à saúde mental de suas equipes, como falaremos ainda neste texto. Isso porque o bem-estar de um colaborador passa também pelos campos social, físico e, sobretudo, psicológico. Dessa forma o alinhamento correto entre todos esses fatores impacta diretamente na produtividade desse colaborador.
Inclusive a saúde mental está entre os fatores que têm contribuído para o crescimento em nível global das demissões voluntárias – apenas no Brasil foram mais 6,4 milhões apenas nos últimos 12 meses. Nos EUA esse número é ainda maior, chegando a 4,5 milhões de desligamentos voluntários apenas em março deste ano.
Esse fenômeno pode significar uma transformação positiva na relação das pessoas com o trabalho, à medida que elas buscam alinhar seus valores de vida e carreira. No entanto, para as empresas esse comportamento pode se traduzir em prejuízo – problemas relacionados à saúde mental são responsáveis pela perda de R$ 5,17 trilhões da economia mundial todos os anos.
E como evitar que o ambiente seja tóxico?
Para garantir o bem-estar organizacional não basta apenas monitorar o clima por meio de indicadores de satisfação dos colaboradores (salário, liderança, ambiente, dentre outros) – é preciso ir além, e o líder deve adotar uma postura humanizada e empática, incentivando atitudes colaborativas, que favoreçam à cooperação e à co-criação. Evitar a sobrecarga de trabalho, por exemplo, com a divisão equitativa das tarefas, fará com que as pessoas não se sintam prejudicadas.
Posturas como estas poderão evitar o adoecimento da equipe, como veremos em seguida, e cabe à empresa assumir esse protagonismo. Estudo da consultoria de gestão de pessoas Mindsight apontou que 9 entre 10 brasileiros acredita que o burnout está diretamente relacionado a modelos de liderança despreocupados com a sobrecarga de trabalho de seus colaboradores.
“Um ambiente de trabalho tóxico causado por um mau gerente é como um relacionamento romântico ruim: distorce a percepção de uma pessoa sobre o mundo ao seu redor, tornando seu tempo de folga significativamente menos eficaz, pois lida com pensamentos intrusivos sobre os pesadelos que podem estar esperando amanhã”, observou o CEO da EZPR, Ed Zitron, em artigo publicado no portal Business Insider.
Contornar situações que geram burnout cabe à empresa
E se o ambiente é tóxico, este fica mais suscetível ao surgimento de doenças ocupacionais entre os colaboradores, como é o caso do burnout. A síndrome é caracterizada pelo estresse crônico de trabalho que não foi administrado de maneira eficiente no ambiente funcional.
Desde janeiro deste ano o burnout passou a ser equiparado ao acidente de trabalho pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ficando as empresas responsáveis pela saúde mental de seus trabalhadores. Levantamento da International Stress Management Association (Isma) aponta que o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout, a frente de países como Estados Unidos e Alemanha.
E são muitas as situações que podem acarretar a doença, com sobrecarga de trabalho e falta de flexibilidade como falamos acima. Nesse contexto, é papel da empresa adotar medidas que evitem situações desencadeadoras do burnout, pois essa síndrome pode levar ainda a problemas a alta rotatividade (turnover), o que representa ainda mais custos com a reposição daquela vaga de trabalho.
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