Empresas devem implementar iniciativas para combater o assédio

Um dos tipos de assédio que mais têm crescido no País nos últimos anos ocorre justamente no ambiente de trabalho – segundo pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esse número equivale a um caso por hora. Com o objetivo de reverter essa triste estatística, desde setembro do ano passado está em vigor uma lei que obriga às empresas a implementarem programas de combate ao assédio, o que inclui treinamentos e canais de denúncias.

O chamado Programa Mais Mulheres, previsto na lei nº 14.457/2022, tem como objetivo coibir as mais diversas formas de violência no ambiente funcional, o que inclui o assédio. Nesse contexto as organizações ficam obrigadas a incluir regras claras de conduta a respeito do assédio, tanto sexual, quanto moral – sobre este último ainda vamos falar um pouco mais neste artigo.

Outro ponto previsto pela lei, como forma de combate a essas práticas, é o desenvolvimento de capacitações internas, visando à orientação e sensibilização dos colaboradores sobre temas como violência, assédio, igualdade e diversidade. Estes treinamentos, que também precisam ser incluídos nas atividades e práticas da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), devem ser realizados, no mínimo, a cada 12 meses.

Além disso a lei prevê a estruturação de programas internos para o recebimento e acompanhamento de denúncias desse tipo. No entanto apenas manter esses canais não é suficiente para reverter esse quadro, pois tais comunicações devem ser apuradas e, se confirmadas, devem ser tomadas as medidas cabíveis, o que inclui a responsabilização dos culpados. Diante dessa situação cada vez mais esse tema precisa ser discutido nas empresas, como veremos em seguida.

Tema precisa ser discutido cada vez mais nas empresas

Estudo do Fórum Brasileiro de Segurança divulgado no começo de março apontou que em 2022, 30 milhões de mulheres no País sofreram algum tipo de assédio. Deste número, 11,9 milhões ocorreram no ambiente profissional por meio de comentários de caráter sexual ou constrangedores.

“Mas, se por um lado esses números que crescem mostram que o quadro é mais grave do que a gente supunha, também cresceu o reconhecimento, pelas mulheres, de que algumas atitudes são inaceitáveis”, explica Samira Bueno, diretora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Por isso esse tema é tão relevante e preciso ser discutido cada vez mais no ambiente organizacional.   Dessa forma, mais do que uma opção, o tema virou obrigatório e será fiscalizado pelos órgãos competentes, sendo que o seu descumprimento poderá ser passível, inclusive, de ações trabalhistas. Nesse contexto cabe ao líder assumir uma postura humanizada,

atuando como facilitador da comunicação, buscando identificar e combater, situações que envolvam assédio – seja ele qual for, como falaremos abaixo.

Lideranças devem combater também o assédio moral

Uma das alternativas para evitar situações como as que falamos acima é o monitoramento contínuo do clima organizacional. No caso do assédio moral, por exemplo, mais da metade dos brasileiros já sofreu esse tipo de situação no ambiente de trabalho, sendo que em 87,5% das situações, as vítimas não reportaram o fato – a maioria por medo de perder o emprego.

Além disso o assédio moral pode afetar inclusive a saúde mental do trabalhador, desencadeando problemas como ansiedade e depressão – já falamos sobre esse tema em outro texto aqui no blog. Situações como estas têm reflexo direto na cultura e clima organizacionais, e significam também prejuízos financeiros para a organização. Esse cenário demonstra a importância do cuidado que as empresas precisam ter (também) com a saúde mental de seus trabalhadores.

E então, gostou do tema? Quer desenvolver em sua empresa capacitações de combate ao assédio? Saiba que podemos te auxiliar na implementação e acompanhamento dessas iniciativas. Entre em contato com nossa equipe e conheça nosso portfólio completo de soluções para sua organização.

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