Como alinhar cultura e clima organizacional em uma empresa

Apesar de estarem diretamente relacionadas ao ambiente corporativo, cultura organizacional e clima organizacional são questões diferentes. Enquanto a cultura se refere aos valores e regras da empresa (como as coisas são feitas), o clima é o ambiente propriamente dito daquela organização e todos os processos que envolvem a atuação e as relações de seus colaboradores. Mas você já parou para pensar como estão estes dois aspectos tão importantes em sua empresa? Se a resposta é não, é melhor começar a pensar rápido.

Antes de falarmos sobre como é possível fazermos o correto alinhamento entre ambos, precisamos detalhar um pouco mais cada um deles a sua relevância para as organizações, independente do seu porte ou segmento econômico. A cultura organizacional, em sua essência, pode se traduzir no chamado DNA da empresa, e carrega em si as características daquela organização e como ela se apresenta ao mercado.

Nesse contexto, para que os colaboradores possam se identificar com a empresa e desenvolver um sentimento de pertença, é fundamental que a cultura esteja estabelecida – e fortemente presente no comportamento de todos daquela empresa. Pesquisa organizada pela consultoria McKinsey indicou que as empresas que tinham culturas bem alinhadas obtiveram um retorno 60% maior do que as demais.

Por sua vez o clima organizacional está ligado diretamente ao ambiente de trabalho e depende de diversos fatores, sendo que entre os principais aparece o estilo de liderança e o papel que ele ocupa dentro da empresa. Ao monitorarmos o clima por meio de indicadores de satisfação dos colaboradores, é possível compreender diversos itens relacionados à sua gestão, o que inclui liderança, condições do ambiente, salários, relações interpessoais, dentre outros fatores. Essa escuta apurada pode ser extremamente valiosa para os gestores, auxiliando-os na adoção de estratégias eficazes para melhorar a performance daquela organização

Monitoramento do ambiente garante bem-estar organizacional

Ações como estas de monitoramento contribuem para o chamado bem-estar organizacional, o qual passa pelos campos social, físico e, sobretudo, psicológico, identificando e inibindo ainda situações como estresse, assédio e burnout. Em muitas destas avaliações são identificadas ainda onde a contracultura ocorre por parte do próprio líder, que exerce, o que alguns especialistas classificam como ‘liderança tóxica’. O termo é citado no livro homônimo da autora Alessandra Assad, que propõe a reflexão de quanto um líder pode ser tóxico ao entender o propósito de uma empresa e qual é o seu papel naquela organização.

Essa discussão referente ao trabalho se faz muito necessária, em especial nesse mês em que estamos vivendo a campanha ‘Setembro Amarelo’. A iniciativa enfatiza a necessidade de prevenção ao suicídio, a qual passa pela promoção de bem-estar e da qualidade de vida também no ambiente de trabalho. Quando não são adotadas medidas efetivas para coibir posturas dessa natureza, a empresa poderá enfrentar problemas como perda de produtividade e competividade, e ainda sofrer com a alta rotatividade de seus funcionários (turnover).

Este último talvez seja um dos fatores mais complexos no ambiente corporativo, principalmente pela dificuldade que as empresas enfrentam para reter seus profissionais. Isso porque cada vez as pessoas buscam empregos que estejam alinhados com as suas expectativas de vida e convicções próprias. No entanto a adoção de medidas direcionadas a garantir o bem-estar no ambiente corporativo também gera diversos benefícios para a organização, como veremos abaixo.

E quais são os benefícios para minha empresa?

Além de garantir melhores condições de trabalho para os seus colaboradores, empresas que conseguem estabelecer um bom alinhamento entre cultura e clima organizacional conseguem gerar um maior engajamento por parte de suas equipes. Fatores como estes impactam diretamente no sucesso do negócio, e contribuem para o aumento do diferencial competitivo daquela organização.

Outro ponto de melhoria que pode ser observado com a adoção dessas práticas se refere à saúde ocupacional. Funcionários motivados e engajados tendem a apresentarem menos problemas de saúde, sejam eles de ordem mental ou física. Isso faz com que os gastos com planos de saúde corporativos sejam reduzidos. Nesse cenário, colaboradores mais felizes e saudáveis faltam menos ao trabalho, o que contribui para ainda para a redução do absenteísmo causado por faltas e doenças. No Brasil setores como serviço e varejo registram índices de absenteísmo que variam entre 5% e 10%, o que é considerado alto.

Em suma: cultura e clima devem estar juntos, pois de nada adianta implementar medidas para melhoria do clima senão há uma base cultura densa e alicerçada em seus propósitos e valores. E então, gostou do tema? Para ficar atualizado sobre estas e outras tendências do mercado de trabalho, ambiente de negócios, cultura e clima organizacional, marketing e vendas, siga nosso perfil nas redes sociais pelo @provoko.

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