Como já falamos em outros textos aqui no blog, apesar de sua relevância, a saúde mental tem sido uma das áreas mais negligenciadas em nível global nos últimos anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve um crescimento considerável dos casos de ansiedade e depressão no mundo, sendo que muitos deles estão relacionados ao ambiente funcional. No Brasil uma pesquisa focada na saúde mental dos trabalhadores realizada pela empresa Vittude revelou que 33% dos colaboradores possuem algum tipo de transtorno mental.
Para compor o estudo denominado ‘Um olhar aprofundado sobre a saúde mental nas organizações brasileiras”, foram aplicados testes psicométricos em 25 mil trabalhadores em mais de 20 empresas de empresas de diferentes segmentos. O levantamento apontou que ansiedade, depressão e estresse, estão entre as principais enfermidades de caráter emocional das pessoas ouvidas. Destes, 14% apresentaram níveis severos ou extremamente severos destas doenças.
Os dados são muito preocupantes e requerem um olhar mais apurado das empresas sobre essa realidade. Nesse contexto, medidas preventivas precisam ser adotadas, como forma de melhorar o bem-estar emocional dos seus colaboradores. Muitas vezes essas doenças de caráter emocional são potencializadas por situações que envolvem assédio (seja ele qual for), cansaço e sobrecarga de trabalho, dentre outros aspectos.
Quando a organização não consegue lidar com estes fatores, além de criar um ambiente tóxico (falaremos mais sobre o tema abaixo), a saúde mental do time resulta também pode gerar perdas financeiras – conforme dados da London School of Economics gastos com a saúde mental das empresas brasileiras chegam a R$ 200 bilhões todos os anos.
Lideranças precisam combater o ambiente de trabalho tóxico
Um dos fatores que impactam no bem-estar emocional dos profissionais no ambiente corporativo se refere à cultura da empresa. Em muitas destas situações a chamada contracultura ocorre por parte do próprio líder, que exerce, o que especialistas da área classificam como ‘liderança tóxica’.
Por isso cada vez mais tem ganhado força em nível global movimentos como a ‘Grande Demissão’ (The Great Resignation’) e a ‘Demissão Silenciosa’ (Quiet Quitting). No caso do primeiro, ele é caracterizado pelos pedidos de demissão em massa, que tem entre os principais motivadores os baixos salários baixos e culturas de trabalho tóxicas. Já o segundo (Quiet Quitting), é silencioso – como o próprio sugere – e tem como característica principal a falta de motivação do profissional em desempenhar suas atividades rotineiras. Nesse caso o trabalhador faz apenas o estritamente necessário para realizar suas entregas, sem maiores comprometimentos com a organização como um todo.
Situações como estas contribuem para o surgimento de doenças como o burnout – síndrome caracterizada pelo estresse crônico de trabalho que não foi administrado de maneira eficiente no ambiente funcional – como falaremos em seguida.
Empresas precisam adotar medidas para evitar o burnout
Desde janeiro de 2021 o burnout passou a ser equiparado ao acidente de trabalho pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme a International Stress Management Association (Isma) o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout, a frente de países como Estados Unidos e Alemanha. Nesse contexto cada vez mais as empresas precisam adotar iniciativas que preservem a saúde mental de seus times.
O primeiro passo para evitar o bornout é tornar o ambiente mais colaborativo, com uma liderança integrativa e mais preparada para desenvolver as habilidades e potencializar as necessárias na equipe, de forma humanizada, em uma cultura coerente com os valores. Momentos de pequenas pausas são fundamentais para a integração da equipe e para o incentivo à criatividade. Quando cuidamos das pessoas, elas cuidam da empresa.
E então, gostou do tema? Quer saber como implementar ações que contribuam para a melhoria contínua do ambiente funcional? Entre em contato com nossa equipe e conheça nosso portfólio completo de soluções para sua organização. Para ficar atualizado sobre estas e outras tendências do mercado de trabalho, carreira, ambiente de negócios, cultura e clima organizacional, e gestão de alta performance, siga nosso perfil nas redes sociais pelo @provoko.
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