Estamos nos aproximando do final do ano e com ele a sobrecarga de atividades no trabalho. Tantas tarefas a serem cumpridas um período tão curto de tempo (já estamos em dezembro), acaba por contribuir para o aumento de casos de ansiedade – transtorno que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Mas você como lidar com a ansiedade do seu time no ambiente corporativo?
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com transtornos de ansiedade, passou a atingir 374 milhões de pessoas (aumento de milhões de novos casos). Já o número de casos de transtorno depressivo saltou de 193 para 246 milhões em 2020. Um estudo realizado pela Isma-BR indica que nove em cada dez trabalhadores brasileiros apresentam algum sintoma de ansiedade.
Esses comportamentos podem surgir em diversos ambientes, como é o caso do trabalho, onde passamos boa parte da nossa vida. No entanto, mesmo com esses números, somente 18% das empresas possuem um programa de cuidado à saúde mental de seus colaboradores. Além da ansiedade, outros fatores favorecem o surgimento de doenças ocupacionais, como é o caso do burnout, por exemplo.
A síndrome é caracterizada pelo estresse crônico de trabalho que não foi administrado de maneira eficiente no ambiente funcional. Facilmente o burnout pode ser confundido com a ansiedade, pois ambos apresentam características semelhantes, como dores de cabeça e dificuldades de concentração.
Outro estudo da Isma-BR indica que o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout, a frente de Estados Unidos e Alemanha, por exemplo – desde janeiro deste ano a síndrome passou a ser equiparada ao acidente de trabalho pela OMS. Dessa maneira o principal desafio das organizações é garantir melhores condições de trabalho para os seus colaboradores, como veremos em seguida.
E como prevenir o adoecimento do time?
Para garantir o bem-estar organizacional não basta apenas monitorar o clima por meio de indicadores de satisfação dos colaboradores (salário, liderança, ambiente, dentre outros) – é preciso ir além, e o líder deve adotar uma postura humanizada e empática. Evitar a sobrecarga de trabalho, por exemplo, com a divisão equitativa das tarefas, fará com que as pessoas não se sintam prejudicadas.
Além disso, cabe à liderança tornar o ambiente mais colaborativo, incentivando a cooperação mútua ao invés da competição, bem como o combate (e prevenção) a situações que envolvam assédio – seja ele qual for. Além disso, momentos de descanso e pausa durante o expediente devem ser estimulados, assim como a presença de um profissional capacitado a escutar aqueles colaboradores que estão enfrentado adversidades tanto em nível profissional, quanto pessoal.
Essas iniciativas também contribuem para o aumento da produtividade da empresa. Isso porque funcionários motivados e engajados tendem a apresentarem menos problemas de saúde, sejam eles de ordem mental ou física – o que representa menos casos de saúde ocupacional. A observação atenta dos colaboradores pode evitar o seu adoecimento e ainda reduzir os prejuízos causados pela saúde mental (abaixo falaremos mais sobre esse tema).
Saúde mental também significa prejuízo financeiro para as empresas
Além de impactar em aspectos como cultura e clima organizacionais, para as empresas a saúde mental dos seus times se traduz em prejuízo direto. Isso porque problemas relacionados à saúde mental são responsáveis pela perda de R$ 5,17 trilhões da economia mundial todos os anos.
Conforme estudo da OMS, e traduzido no Brasil pelo Serviço Social da Indústria (SESI), todos os anos 160 milhões novos casos de doenças relacionadas ao trabalho são registrados – deste montante, 8% é causado por doenças relacionadas a depressão. Esse cenário demonstra cada vez mais a importância do cuidado que as empresas precisam ter com a saúde de seus trabalhadores. Isso porque os resultados dependem das pessoas – e é preciso cuidar delas.
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