Tomada de decisão e a Neurociência

Tomar uma decisão simples não é tão fácil como, muitas vezes, pode parecer. Inúmeros

centros neurais estão envolvidos nesse processo. A cada etapa da tomada de decisão,

diferentes áreas do cérebro entram em ação, e nem percebemos. Uma delas, o sistema

límbico, conhecido como sistema emocional, destaca-se quando há perigo envolvido nessa decisão: viajar de avião ou de automóvel? Enfrentar uma cobra cascavel ou sair correndo?

Nem todos podem ser ousados: não é uma questão de querer, é de poder ser. Para

entendermos melhor como a tomada de decisão acontece, é preciso saber o que é a

Coerência cardíaca e como ela age. De maneira sucinta, a coerência é um estado de

estabilização emocional, psicológico e fisiológico em que ocorre harmonia,

autoconhecimento e autocontrole, comandados pelo ritmo do coração.

A amígdala, também conhecida como corpo amigdaloide, pequeno centro neural em forma de amêndoa, localizada no lobo cerebral temporal, está no centro dessa orquestração. Considerada um importante computador emocional, ela tem por função nos proteger de ameaças provindas do meio ambiente e de nós mesmos. Se há alguma ameaça em potencial, real ou imaginária, a amígdala reage rapidamente, fazendo com que fiquemos em estado de alerta. E isso pode fazer uma grande diferença na tomada de decisão.

Segundo Vasily Klucharev (do Departamento de Psicologia da High School of Economics, na Basiléia), parece que as emoções desempenham um papel crítico na tomada de decisões e elas interagem com os mecanismos cognitivos de decisão durante o processo de tomada de decisão.

Sabemos que, quando estamos emocionalmente desequilibrados, estressados ou ansiosos, nossas decisões nem sempre são as melhores. Um modo de equilibrar nossas emoções e termos melhores condições de tomar decisão é equilibrando a atividade do sistema nervoso visceral, conseguido por meio de exercícios realizados em um estado denominado coerência cardíaca. Um dos métodos que podem ser utilizados é a meditação, hoje muito utilizada dentro das organizações.

Então, agora, pensemos em termos práticos:

→ Como nós, humanos, tomamos decisões na nossa vida cotidiana?

→ O que consideramos importante para decidir algo?

→ Por que tomamos uma decisão em detrimento de outras?

→ O que determinam nossas decisões?

Essas perguntas podem ser respondidas à luz da Teoria da Perspectiva, que, na minha

opinião, é a que melhor sustenta o que fazemos em nossa prática. Então, vamos lá! De

maneira sintética, a resposta aqui é: toda a tomada de decisão tem um peso. O maior peso é dado às perdas e o menor aos ganhos. Logo, tendemos muito mais a evitar as perdas do que desejar os ganhos. Isto equivale a dizer que nossa decisão é baseada no custo x benefício que pode gerar.

Mesmo quando não decidimos, estamos fazendo escolhas de decisão. Com as nossas

decisões, sempre, de alguma forma, estamos buscando ganhos diretos ou secundários.

Quais resultados que suas tomadas de decisão estão gerando?

Especialista em Psicologia Positiva e Neuroliderança

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