Sucesso das ações de ESG nas empresas passa pela Gestão de Pessoas

Empresas que cultivam as boas práticas de Environmental, Social and Governance (ESG), da sigla em inglês, têm ganhado destaque no mercado. Ainda que o termo ESG tenha se popularizado há pouco tempo, o tema não é novo (falaremos mais sobre essa questão nesse texto), e a tendência é que essas organizações tenham uma projeção ainda maior nos próximos anos. Porém, o sucesso da implementação das ações de ESG em uma organização envolve o setor de Gestão de Pessoas (RH), em especial no que se refere ao ‘Social’.

Antes de falarmos da importância dessas ações, vamos detalhar o significado da sigla e suas implicações. O ambiental (Enviromental) está relacionado às práticas adotadas pela empresa no que diz respeito à preservação do meio ambiente. Na pauta de discussão temas como poluição do ar e da água, desmatamento, emissão de carbono, aquecimento global, dentre outros.

Por sua vez, o Social tem relação direta com a forma na qual a empresa lida com as pessoas que fazem parte de seus times, bem como todos os envolvidos em seus processos. Nesse âmbito estão questões como o respeito à legislação trabalhista, engajamento das pessoas no trabalho e a proteção de dados dos seus clientes e parceiros de negócio – abaixo vamos falar um pouco mais desse aspecto.

Já a Governança é considerada por muitos especialistas do setor como sendo a base das políticas do ESG. O tema está relacionado diretamente à administração da empresa. Isso pode ser compreendido com uma mudança de cultura, que deve passar por todos os setores da organização, pautando desde sua conduta corporativa à relação com órgãos estatais e serviços de atendimento ao cliente.

E como posso implantar o ‘S’ em minha empresa?

A maioria das ações incluídas no Social podem ser incentivadas pelo RH, o que inclui iniciativas relacionadas à cultura organizacional. Como já falamos em outro texto, a cultura diz respeito aos valores e regras da empresa, e pode se traduzir no chamado DNA da organização.

Dessa maneira, para que os colaboradores possam se identificar com a empresa e desenvolverem um sentimento de pertença, é fundamental que a cultura esteja estabelecida – e fortemente presente no comportamento de todos daquela organização. Aliado a promoção da cultura, devem ser incentivadas ainda ações de inclusão e diversidade, como forma de engajar os colaboradores com o propósito da empresa.

Cabe salientar também que essas iniciativas somente poderão ser implementadas (e terem sucesso) se houver envolvimento da liderança. Isso porque cabe ao líder promover ações em prol do bem-estar emocional e que garantam o engajamento da equipe.

Mesmo não sendo novo, termo se popularizou recentemente

Em 2004 o então secretário da geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, convidou mais de 50 CEOs de grandes instituições financeiras a participar de uma iniciativa conjunta, para encontrar maneiras de integrar o ESG aos mercados de capitais. Antes disso,

Além disso, no período entre as décadas de 1970 e 1980, o chamado Socially Responsible Investing (SRI), que significa investimento sustentável responsável, em livre tradução do inglês, surgiu nos EUA. Nessa época os fundos de investimento começaram a definir seus aportes com base nos critérios sociais adotados pelas organizações que estavam em busca de recursos.

Utilizado para definir as dimensões nas quais uma organização trabalha na redução dos danos ao meio ambiente, com a adoção das melhores práticas de gestão, o ESG é aplicado também quando falamos de investimentos relacionados à sustentabilidade – e não apenas questões financeiras. Dessa maneira, seja no mercado interno ou externo, atuar conforme esses padrões amplia a competitividade do setor empresarial.

Práticas sustentáveis seguem tendências globais

Atualmente há uma série de iniciativas globais com foco em garantir que as empresas sigam práticas mais sustentáveis de gestão, algumas delas lideradas pela ONU Dentre elas podemos citar a Agenda 2030, a qual consiste em um plano de ação para o desenvolvimento sustentável global, que abrange as dimensões social, ambiental e econômica.

A agenda traz 17 objetivos e 169 metas que devem ser seguidos pelos estados-membros da ONU, e inclui questões importantes como erradicação da pobreza, saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, água potável e saneamento, energia limpa e acessível, dentre outros. Países que compõe a Agenda 2030 devem se comprometer com a promoção de programas e ações para orientar sua atuação interna, inclusive no que se refere à agenda financeira.

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