Setembro Amarelo: Prevenção ao suicídio também precisa ser debatida no ambiente de trabalho

Estamos vivendo o chamado Setembro Amarelo – campanha que enfatiza a necessidade de prevenção ao suicídio. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo, o que representa uma pessoa a cada 100 mortes. Muitos fatores podem contribuir para essa questão (falaremos mais no texto abaixo), mas sobretudo é fundamental que nossa sociedade desenvolva mecanismos de cuidados e conscientização – e isso passa também pelo ambiente de trabalho.

Neste mês estamos vivendo a campanha ‘Setembro Amarelo’ – iniciativa que enfatiza a necessidade de prevenção ao suicídio. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio, o que representa uma pessoa a cada 100 mortes. Muitos fatores podem contribuir para essa questão, mas sobretudo é fundamental que nossa sociedade desenvolva mecanismos de cuidados e conscientização – e isso pela a promoção de bem-estar e qualidade de vida também no ambiente de trabalho.

Segundo o Ministério da Saúde, somente no Brasil, os dados mais atualizados apontam que entre os anos de 2011 e 2017, foram registradas mais de 80,3 mil mortes por suicídio na população a partir de dez anos de idade – um total de 13.392 mortes desse tipo por ano. Deste número, 27% ocorreram na faixa etária dos 15 a 29 anos, sendo que 79% se referem ao sexo masculino.

Dados da OMS apontam que mais de 95% dos casos registrados de suicídio em 2019 tinham relação com transtornos mentais. Um relatório também da OMS indica que justamente a saúde mental tem sido uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública em nível global e ela precisa ser preservada dentro e fora do ambiente de trabalho.

Quadros como estes incluem transtornos como ansiedade e depressão – apenas em 2020 houve aumento de 27,6% de transtornos depressivos graves no mundo. Esses comportamentos podem surgir em diversos ambientes, como é o caso do trabalho, onde passamos boa parte da nossa vida.

Bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores é fundamental

Muitas vezes sintomas como dores de cabeça, falta de concentração, distúrbios do sono e irritabilidade excessiva podem se confundir com outras doenças, mas podem ser sinais também de transtornos mentais. Por isso, é preciso que estejamos atentos à essas manifestações, que muitas vezes são silenciosas, e possamos saber identificá-las e oferecer a ajuda necessária.

Quando as empresas promovem o bem-estar e qualidade de vida dos trabalhadores, garantem profissionais mais engajados e motivados. Além de gerar benefícios para o próprio colaborador, essa atitude acaba melhorando o desempenho e a produtividade daquela organização. Mas como as lideranças podem garantir a saúde mental de suas equipes?

Nesse contexto, o primeiro passo é tornar o ambiente mais fluído, através de uma liderança preparada e humanizada, incentivando a cooperação mútua ao invés da competição entre pessoas e setores. Outro ponto importante que deve ser verificado (e combatido), está relacionado a situações que envolvam assédio – seja ele qual for. Além disso, momentos de descanso e pequenas pausas durante o expediente devem ser estimulados, assim como a presença de um profissional capacitado a escutar aqueles colaboradores que estão enfrentado adversidades tanto em nível profissional, quanto pessoal. Cada vez as pessoas buscam empregos que estejam alinhados às suas expectativas de vida e carreira como falaremos em seguida.

Propósito e qualidade de vida é o que buscam jovens à procura de emprego

Pesquisa realizada pela consultoria Eureca sobre a percepção da ética pelos jovens, em especial no mercado de trabalho, indica que as empresas que cultivam as boas práticas de Environmental, Social and Governance (ESG), da sigla em inglês, estão entre as preferidas pelos jovens (falaremos mais sobre esse tema nas próximas semanas). Nesse contexto, fica evidente o alinhamento entre jovens e empresas que se preocupam com estas métricas.

A ONU lidera uma série de iniciativas globais com foco em garantir que as empresas sigam práticas mais sustentáveis de gestão. Dentre estas podemos citar a Agenda 2030, a qual consiste em um plano de ação para o desenvolvimento sustentável global, que abrange as dimensões social, ambiental e econômica – os três pilares do ESG.

Ainda sobre propósito, cada vez mais o jovem também quer saber quais são as possibilidades que terá para o seu desenvolvimento profissional naquela determinada empresa – e se esta permite que ele possa expressar sua opinião. Fatores como horários flexíveis, e maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional também aparecem no relatório.

Pandemia potencializou casos de transtorno mental

As medidas restritivas de circulação de pessoas impostas pela pandemia da Covid 19 podem ter contribuído para o aumento dos casos de transtorno mental em todo o mundo. Conforme a OMS, o número de pessoas com transtorno depressivo maior saltou de 193 para 246 milhões em 2020. Já o número de pessoas com transtornos de ansiedade, passou a atingir 374 milhões de pessoas (aumento de milhões de novos casos).

Quando falamos dos tipos de transtorno, a esquizofrenia afeta 24 milhões de pessoas – aproximadamente 1 em cada 200 adultos (com 20 anos ou mais). Essa é a principal preocupação dos serviços de saúde mental em todos os países, pois em casos agudos, é a mais prejudicial de todas as condições de saúde mental.

Por sua vez o transtorno bipolar afetou 40 milhões de pessoas – cerca de um em cada 150 adultos em todo o mundo em 2019. Esses dois distúrbios afetam, em especial, as populações em idade ativa.

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