Incentivar a cultura do accountability é fundamental para o processo de melhoria contínua do ambiente corporativo. O conceito, que em livre tradução do inglês, significa um ‘relacionamento de mão dupla’, está ligado à comunicação eficaz que deve existir no ambiente funcional. E tanto liderança, quanto o colaborador, devem assumir sua responsabilidade nesse processo.
Isso porque o accountability pode ser caracterizado por um movimento que ocorre ‘de dentro para fora’, colocando não só o líder, mas também o colaborador como protagonista de suas ações. Nesse contexto o conceito pode ser dividido em quatro pilares, os quais detalharemos melhor abaixo:
See it (Veja) – o primeiro pilar se refere ao reconhecimento do problema. É nessa etapa que o líder e o time (juntos) precisam ser capazes de identificar pontos de melhoria em seus processos organizacionais. Nessa fase os gestores também precisam exercitar a comunicação empática, e estarem abertos para ouvir eventuais críticas e sugestões, sem esquecer do feedback.
Own it (Ter) – depois deidentificado o problema, é hora de assumir suas responsabilidades diante dos resultados apontados na etapa anterior. E isso não é uma tarefa simples, pois exige que todos envolvidos (líder e liderados), assumam sua parcela de culpa para os resultados ruins. Aqui não cabe atitudes como: “Isso não é comigo” ou “Eu não sou desse setor” – todos, sem exceção, são responsáveis pela performance da empresa.
Solve it (Resolva) – problemas identificados e responsabilidades assumidas, agora chegou o momento de partir para a resolução dos problemas identificados nas etapas anteriores. Criatividade, conhecimento e racionalidade são fundamentais, tanto para a busca de soluções viáveis, quanto para uma análise preditiva de problemas futuros. Manter o foco nos resultados e o otimismo para lidar com os desafios também são importantes nesta fase.
Do it (Faça) – chegou ahora de colocar ‘a mão na massa’. E nesse quarto e último pilar, o foco está na implementação das melhores soluções encontradas anteriormente. Nesse contexto é importante acompanhar – e corrigir – eventuais problemas de percurso, definindo novas metas a serem atingidas. O feedback também é importante nessa etapa, como forma de resolver conflitos e buscar pontos de melhoria constante.
E qual a diferença entre accountability e responsabilidade?
Como já falamos em outro texto aqui no blog o accountability necessita que duas ou mais pessoas se envolvam no processo para que este funcione de maneira eficiente e produtiva. No caso de uma reunião, por exemplo, os encaminhamentos devem ser feitos de maneira prática e funcional.
No entanto, muitas vezes esse processo acaba não sendo efetivo (e pode ser até ‘traumático’), pois falta quem se prontifique a assumir a responsabilidade pela execução das tarefas. Por isso o accountability se refere a um conjunto de ações que estão ligadas não só a responsabilidade, mas também à transparência, controle e prestação de contas. Dentre outros fatores, estes são aspectos fundamentais para que o processo funcione de maneira eficiente.
Nesse contexto o accountability coloca o colaborador como protagonista da resolução dos problemas. Por outro lado, a responsabilidade se refere à capacidade do colaborador e da empresa de concluírem suas atividades nos prazos e normas estipulados. Mas como aplicar esse conceito dentro da minha empresa? Esta pergunta vamos responder em seguida.
E como aplicar o conceito na minha empresa?
Quando falamos do ambiente corporativo, o accountability está relacionado ao processo de comprometimento organizacional, onde líderes e liderados trabalham juntos para alcançarem os melhores resultados para a empresa como vimos na descrição dos quatro pilares. Esse movimento deve ser acompanhado pela responsabilização e protagonismo na execução das próprias tarefas, sempre com transparência nos atos realizados.
No espaço organizacional o objetivo é garantir que as tarefas sejam executadas da maneira mais transparente possível, deixando claro quatro respostas para as seguintes perguntas: o que, como, por que e por quem. O caso da reunião que falamos acima é um exemplo claro da necessidade de que todos os colaboradores sejam reais responsáveis pelos resultados alcançados. Esse movimento acaba gerando um maior comprometimento e engajamento da equipe – todos ganham!
E então, gostou do tema? Se quiser conhecer mais sobre esse assunto, sugerimos o livro: ‘Accountability: A evolução da responsabilidade pessoal – o caminho da revolução eficaz’, do psicólogo e especialista em desenvolvimento profissional, João Cordeiro. Para ficar atualizado sobre estas e outras tendências do mercado de trabalho, carreira, ambiente de negócios, cultura e clima organizacional, e gestão de alta performance siga nosso perfil nas redes sociais pelo @provoko.
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